A Associação Franciscana de Assistência à Saúde (Sefas), que administra o Hospital Casa de Saúde e o Hospital São Francisco de Assis, renovou o contrato com o governo do Estado na última terça-feira. Com a assinatura do documento, a continuidade da prestação de serviços a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) na Casa de Saúde estão garantidos.
De acordo com a assessoria de comunicação da Sefas, a renovação do contrato, no entanto, não coloca em dia os débitos do governo, que, atualmente, somam o equivalente a quase quatro meses de repasses atrasados, o que equivale a R$ 1,7 milhão.
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Com a renovação, ficam mantidos os atendimentos em cirurgia nas área de traumato-ortopedia, ginecologia, otorrinolaringologia, urologia, cirurgia vascular, geral e buco-maxilo-facial, exames de imagem, como mamografia e tomografia, e internações clínicas e de saúde mental.
O novo contrato ainda prevê a regionalização dos partos, tornando a Casa de Saúde referência regional para o serviço. Em novembro, o Diário mostrou a intenção da direção do hospital em classificar a maternidade como referência estadual para partos e, com isso, passar a receber recursos, o que amenizaria, em parte, o atual problema financeiro da área, que opera com déficit mensal de R$ 170 mil, conforme a administração.
Porém, a prestação desse serviço dependerá do andamento do repasse de recursos por parte do Estado e da capacidade da instituição, já que a regionalização, na prática, já é feita, com os encaminhamentos de pacientes de outros municípios da região. A maternidade opera com 18 leitos e são feitos, em média, 100 partos mensais.
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O contrato tem validade de um ano, e a previsão é que o repasse, se for quitado em dia, gire em torno de R$ 1,1 milhão ao mês. Conforme a Sefas, mensalmente, são feitos quase 24 mil procedimentos na Casa de Saúde, número que compreende internações, exames de tomografia e, na maior parte, procedimentos ambulatoriais.
Apesar do atraso de quase quatro meses, a Casa de Saúde mantém o atendimento das sete especialidades contratadas e segue, também, com apenas um pediatra contratado. A nova equipe, que está pronta para ser chamada, só deve assumir, no entanto, quando o hospital tiver condições de custear os contratos destes profissionais.